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  • Propago Social

No prisma da pedagogia

Atualizado: 17 de out. de 2022




O amor não é mais do que o ato da gente ficar

No ar

Antes de mergulhar

Caetano Veloso – Trampolim




No Brasil, educação é um assunto que traz diversas opiniões, correntes e dilemas, mas parece existir um consenso geral: a necessidade de investir mais recursos nessa área que carrega um potencial tão transformador. Para preencher esse vácuo, além buscar e propor soluções, foram criadas muitas ONGs que trabalham com essa temática.


O Instituto UNO é uma dessas organizações que se dedica à causa, por entender a educação como a solução para a maioria dos problemas sociais. Ao longo destes mais de doze anos de atuação, se juntaram à instituição dezenas de voluntários e apoiadores que, reconhecendo sintonia com nossos princípios e enxergando a urgência e necessidade de nossas ações, trouxeram ainda mais energia e vida a este movimento.

Andréa Pimentel, uma das supervisoras pedagógicas do UNO, conta que, há oito anos, identificou no instituto alguns diferenciais entre as ONGs de educação que a fizeram se candidatar como voluntária. Ela já atuava na área há 20 anos, mas sentia que ainda existia algo diferente daquilo que ela praticava em sala de aula e, procurando por instituições onde poderia se voluntariar, encontrou o UNO. De início, percebeu que o trabalho era realizado de forma muito séria e profissional e que a abordagem proposta para a educação era diferente de tudo o que ela já havia visto e vivenciado. Ela diz ter se encantado com o conceito de “pessoas que não são da área pedagógica estarem comprometidas a criar um mundo melhor, por meio da educação.”.



Andréa Pimentel, que atuou como ecoeducadora do UNO e hoje é supervisora pedagógica voluntária


Para além do fato de o instituto se dedicar à alfabetização de crianças e adolescentes em situação de acolhimento que apresentam defasagem importante na educação, que, por si só é um recorte diferente de outras ONGs que trabalham com educação, o que chamou a atenção de Andréa foi sua proposta “extremamente verdadeira e original e muito bem elaborada”. Ela acrescenta ainda que, no campo pedagógico, o UNO se estrutura com base em fundamentos “extremamente importantes na área da educação, como a sustentabilidade, a diversidade, a preocupação de levar para o adolescente e para a criança a orientação de aprender com ele e querer entender o que ele quer saber, completamente diferente da escola”.

Andréa também enfatiza a importância do curso de formação dos voluntários do instituto, que foi classificado como uma Tecnologia Social pela Fundação Banco do Brasil. Ela conta que os três meses intensos do curso agregaram muito no que entendia como educação, por trazer temas importantes e urgentes, além de propor um processo de aprendizagem coletivo, em que voluntários, crianças e adolescentes ensinam e aprendem, uma proposta muito diferente daquela praticada em escolas convencionais.

Depois de formados como ecoeducadores, os voluntários atuam com nosso público por meio do programa “Quero Saber...”, cuja proposta é buscar a autonomia no processo de aprendizagem, que empodere as crianças e adolescentes e os transforme em pessoas mais confiantes. Os temas que conduzem o “Quero Saber...” são definidos pelos jovens, mas a preocupação em pensar no mundo que queremos está em todas as ações, trazendo questionamentos acerca do respeito à natureza, do consumismo, da empatia, da cooperação.



Andréa, liderando uma atividade em uma vivência na natureza

Ainda sobre a estrutura que o UNO adota, Andréa comenta: “eu nunca tinha visto em prática a preocupação de se cuidar do voluntário e ele levar isso para a criança e o adolescente, questionando quem somos no mundo, o que queremos desse mundo, que sociedade queremos formar. E isso é peça essencial da educação.”.

Acerca do clima que existe entre os voluntários, a supervisora diz ser “muito bom saber que tem pessoas abertas para escutar as opiniões, para dividir o profissionalismo de cada um e isso é transmitido para as crianças e adolescentes”.

Respeito, cooperação, empoderamento, escuta ativa e amor são alguns dos aspectos que o UNO pratica diariamente com as crianças e adolescentes e, tal qual a canção de Caetano Veloso, permitem um mergulho profundo nas nossas construções sociais, a fim de desconstruí-las.

E você, topa esse mergulho?







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